sábado, 4 de janeiro de 2014

Meio-dia de DoMiNGo

virando a esquina, um fusca branco parado sobre a calçada, em frente a uma casa com um belo jardim, cuidado por um senhor com uma grande barba. Desviando o fusca um pequeno cão espera ansioso seu dono também ansioso. A ansiedade do cão é pelo encontro com o dono, ansiedade do dono é pelo encontro do frango e maionese que tras para o almoço, com a boca, além do frango e maionese, ha farofa. A farofa nao foi mencionada por vir embutida no frango, porém se a fome embutida no dono do cão foi mencionada, a farofa acaba sendo também mencionada.

Quanto maior o dono do cão, maior parece ser a fome, quando ele começa a mata-la.
Quanto maior o reto do frango, mais farofa vem embutida nele.

A maionese, farofa e frango se acabam...
Um dia não estarei aqui para concluir, então adianto,
todos morrem no final.

*pequena descrição sobre o momento do meu almoço de domingo, encerrada com o adiantamento de décadas (espero eu), de um final previsível.

CoNfiSSões de uma DaMA

Chuveiro em regulagem 6,
cabelo curto, corpo volumoso, pele morena.
A água escorre, a mão escorrega, os olhos se fecham
os lábios se espremem...

até a boca se fechar,
a temperatura aumenta e a mão desce mais,
a imaginação recria mais, o gemido estremece o corpo
num vai e vem em que o corpo umedecido se soma a
excitação aumentando o gemido,

as mãos agora deslizam para cima
os olhos se abrem voltados a janela
semi aberta.

Do outro lado o pároco local
lembra-se do tempo de menino,
ouvindo a confissão retorna
ao tempo em que batia...

o sino.

ViVi

pra
começar,
descomplicar
um pouco
mais,
afim do
que
já era
antes
e

não é,
assim

foi
então
chorei,
morri,
um
tanto assim
demais...

nasci
de novo
aqui
em
mim.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

iNTeNsiDadE

seja como for,
que contenha um bem maior,

mesmo que eu me perca por ai
há um vazio entre meus braços
que se segue e não é qualquer
uma que haverá de preencher,

não com um ou dois tons,
duas ou três notas...

talvez um sorriso marcante
de um ritmo cardíaco
que pulse normalmente
mas viva de forma diferente,

sem perderes, sem achares,
só de viveres...

assim já é sorrir sem fim.

domingo, 29 de dezembro de 2013

Ausências

Pais, nada mais?

muito mais, e tudo isso.

Adoro os pingos nos i's,
não gosto dos i's,
mas sem os i's,
os pingos que tanto gosto,
nada seriam.

Filhos, amem seus pais, valorizem, demonstrem enquanto tem.
Se pais com quem tens problemas, tentem, reconsiderem.
Se não por falta de tentar, calem.

Se por amor nunca recebido, siga por aquilo que ele te oportunizou,
Vida, e viva consciente de que poderá ser pai um dia...

Mesmo aqueles que muito erraram com seus filhos,
carregam mesmo que calados ou negando,
a certeza que nada substitui um filho...

o tempo escreve nas rugas e sentencia no olhar.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Escritas tortas em linhas certas

 
Quem vai assim em paz
querer se aproximar de mim e o amor levar enfim a um lugar sem fim pra nao voltar, permaneci, se foi feliz deixou aqui um tanto mais de...
Luz.

... E um brinde ao vinho nosso de cada dia.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

por do só

devo estar vendo o por do...


e ai então, pensamentos que
acompanham, adormecem e
noutro dia acordo ao ver
nascer o por do


e fico ali, por tempo e vou
em vão
por ai
sem rumo amar
afogar-me em
paz

riso
bobo
alegre em
porto vou
te esperar
mas cedo ou
tarde gargalhar

seu oceano de
tanto amar
desaguo em ti
que eu rio

amor.