segunda-feira, 2 de julho de 2012

Pobre Coração

E aquele amor que nasceu apenas coração, sem pé nem cabeça, o quão deficiente era ele? e ninguém notou? 
Muito viveu e nem saiu do lugar.

Levado a sorte de ficar ali parado, tarado coração, sem pé nem cabeça! Nem morrer de falência multipla de órgãos aquele amor podia, judia a própria sorte e nem sair do lugar até a morte, pra dai sair carregado e enterrado abaixo de tantas outras lembranças guardadas na memória daquela venenosa flor. 

Ficando só a dor, que nem a morfina conseguia amenizar, que nem outro alguém viria acariciar, foi despedaçado e ficou ali ao tempo, vindo a chuva refrescar...
passou como a chuva, mas diferente dela, ninguem notou e não mais voltou.

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